quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Visibilidade lésbica: Na hora da eleição, ninguém é homofóbico!


Por Gilian Vinícius, da Secretaria LGBT do PSTU-RS
Hoje, dia da visibilidade lésbica, é um dia importante para que falemos de um setor da população que muito vem sofrendo com a opressão e a falta de responsabilidade dos governantes. Esta visibilidade, não somente deve ser atribuída à luta das mulheres homossexuais que combatem a homofobia pelo direito de amar quem quiser, mas também contra a opressão machista que cada dia faz mais vítimas.
Sendo assim, a visibilidade também é dos casos de homofobia e machismo que crescem ano a ano, e nada acontece com os agressores por falta de políticas que protejam esta população.

O preconceito homofóbico que as mulheres lésbicas sofrem, tem um agravante importante: o fato de sofrer o machismo também. Imagine que, além de assistir freqüentemente a propagandas de cerveja machistas ou ouvir piadinhas, uma relação com outra mulher não é interpretado de modo igual a qualquer outra relação hétero, mas sim encarado com fetichismo e mais machismo ainda. Se os homossexuais homens já sofrem homofobia nos locais de trabalho [quando conseguem emprego] pelo simples fato de serem gays, imagine uma mulher – que no geral ocupa os piores postos de trabalho e, ainda, recebem os menores salários?

Nesse período de eleições é muito engraçado: ninguém é homofóbico! Mas, a homofobia está em todo o lugar; e, aliás, não existe nenhuma política pra combater esta situação caótica e perigosa em que vivem os homossexuais – em especial as mulheres. Como aceitar o veto do kit anti-homofobia no ano passado pelo PT de Dilma e VillaVerde? Ou o apoio à Manuela (PCdoB) de Ana Amélia Lemos (PP) – um dos partidos mais conservadores do estado? E, por fim, confiar novamente em Fortunatti (PDT) que nada fez pelo estudante William [espancado na Rua Sarmento Leite] ou André, agredido violentamente na Rua André da Rocha?
Para as lésbicas, uma política que de fato dê a resposta necessária às suas necessidades deve ser uma ação concreta de combate a homofobia, alinhada de outra que combata o machismo [e no caso de a mulher lésbica ser negra, também contra o racismo]. O capitalismo se utiliza de todas as formas de opressão para melhor explorar: homossexuais e mulheres são alvos ainda mais vulnerável.

Para combater a homofobia e o machismo, é necessário que tenha alguém que esteja do lado da comunidade LGBT, mas não só nos momentos de luta por dentro dos gabinetes; alguém que sempre tenha estado do lado das lutas, das ocupações, das marchas, das paradas, por isso eu voto Matheus Gordo 16160 e para a prefeitura, Erico 16.

A Frente Política PSTU-CS defende:
Criminalização da Homofobia - Pela aprovação do PLC 122 original
Leis Municipais de Criminalização da Homofobia
Kit Anti-Homofobia nas Escolas 
Paridade de direitos entre heterossexuais e homossexuais







Nenhum comentário:

Postar um comentário