quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Depoimento de um jovem trabalhador da periferia


Segundo o Matheus, ele pensou esse texto quando estava no bus, voltando para a casa quase meia-noite. É um relato simples, mas retrata o dia-a-dia da juventude da periferia e mais do que isso, aponta uma alternativa. 
Fico muito feliz em postar esse texto aqui no blog. No último período passei por muitos perrengues com esse cara ae, agora é a hora de construir uma alternativa para a juventude que luta e sonha! Valeu Matheus!

Meu nome é Matheus, tenho 23 anos, sou morador da periferia de Porto Alegre(Tamanca - Lomba do Pinheiro), trabalho como caixa operador de uma grande rede de farmácias (inclusive nos domingos e feriados). São 7h e 20min trabalhadas diariamente, contando com mais 1h de intervalo, que se passa no ambiente de serviço, são 8h e 20min dentro do ambiente de serviço. Essa semana comecei um curso pré-vestibular, ou seja, esforço mais do que dobrado, a dedicação que é dada ao serviço diariamente vai se dividir com o esforço dos estudos para passar no vestibular. O único tempo "livre" que existia agora dá espaço aos livros, cadernos e matérias que tem que ser estudadas.

Essa é  atualmente a minha vida, mas se encaixa perfeitamente  na vida de vários jovens da nossa cidade, que trabalham, estudam e muitas vezes já são pais de família. Muitos deles não se permitem nem ao menos mais sonhar, não trabalham para dar aquela banda no final de semana ou para comprar a roupa da moda, mas sim para sustentar suas famílias e nada além disso.


Olhando para isso todos os dias; tendo que se deslocar ao centro da cidade em um ônibus lotado com passagem cara; acordando muito cedo e não tendo nenhuma resposta prática na realidade cotidiana; fica muito fácil não acreditar em promessas que surgem em época de eleição, dos mesmos rostos de sempre, que dizem que fazem, fizeram, ou irão fazer, quando na realidade sabemos que isso não acontece.

Sabendo disso e que em poucos dias estaremos passando por mais um processo de eleições municipais no país inteiro, gostaria de me dirigir a juventude da nossa cidade que tem uma vida parecida em todo país: a juventude que estuda, trabalha, mora longe, ganha pouco e que até mesmo diz que não gosta de política. Esse ano um candidato que representa a juventude, que surgiu no movimento estudantil lutando por pautas históricas dos estudantes e do movimento negro; um candidato que se constrói na rua ao lado da juventude, exigindo dos governos cumprimento das leis e indo contra todos os tipos de ataques ao ensino público e a juventude.
 
Eu, Matheus Fagundes, voto Matheus Gordo 16160, para aqueles que acreditam que sim a juventude tem direito a sonhar e a um futuro diferente. Eu, Matheus Fagundes, sou trabalhador, morador da periferia, filho de pais da classe da trabalhadora e digo que Matheus Gordo me representa, me representa por sempre ter estado ao lado daqueles que sentem e sofrem explorações e discriminações todos os dias. Votar em Matheus Gordo representa muito mais do que um voto em um candidato, representa o fortalecimento de um projeto político voltado único e exclusivamente aos trabalhadores e a juventude. Um voto em Matheus Gordo significa acreditar que temos sim que nos envolver, discutir e falar sobre política, afinal o nosso voto tem que ser dado em quem conhece e sabe que os nossos problemas não surgem só de 4 em 4 anos e que eles não serão resolvidos com passe de mágica, mas sim com atitude pra mudar o  mundo.

Juventude de Porto Alegre nessas eleições você tem opção, vote Matheus Gordo 16160!





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Visibilidade lésbica: Na hora da eleição, ninguém é homofóbico!


Por Gilian Vinícius, da Secretaria LGBT do PSTU-RS
Hoje, dia da visibilidade lésbica, é um dia importante para que falemos de um setor da população que muito vem sofrendo com a opressão e a falta de responsabilidade dos governantes. Esta visibilidade, não somente deve ser atribuída à luta das mulheres homossexuais que combatem a homofobia pelo direito de amar quem quiser, mas também contra a opressão machista que cada dia faz mais vítimas.
Sendo assim, a visibilidade também é dos casos de homofobia e machismo que crescem ano a ano, e nada acontece com os agressores por falta de políticas que protejam esta população.

O preconceito homofóbico que as mulheres lésbicas sofrem, tem um agravante importante: o fato de sofrer o machismo também. Imagine que, além de assistir freqüentemente a propagandas de cerveja machistas ou ouvir piadinhas, uma relação com outra mulher não é interpretado de modo igual a qualquer outra relação hétero, mas sim encarado com fetichismo e mais machismo ainda. Se os homossexuais homens já sofrem homofobia nos locais de trabalho [quando conseguem emprego] pelo simples fato de serem gays, imagine uma mulher – que no geral ocupa os piores postos de trabalho e, ainda, recebem os menores salários?

Nesse período de eleições é muito engraçado: ninguém é homofóbico! Mas, a homofobia está em todo o lugar; e, aliás, não existe nenhuma política pra combater esta situação caótica e perigosa em que vivem os homossexuais – em especial as mulheres. Como aceitar o veto do kit anti-homofobia no ano passado pelo PT de Dilma e VillaVerde? Ou o apoio à Manuela (PCdoB) de Ana Amélia Lemos (PP) – um dos partidos mais conservadores do estado? E, por fim, confiar novamente em Fortunatti (PDT) que nada fez pelo estudante William [espancado na Rua Sarmento Leite] ou André, agredido violentamente na Rua André da Rocha?
Para as lésbicas, uma política que de fato dê a resposta necessária às suas necessidades deve ser uma ação concreta de combate a homofobia, alinhada de outra que combata o machismo [e no caso de a mulher lésbica ser negra, também contra o racismo]. O capitalismo se utiliza de todas as formas de opressão para melhor explorar: homossexuais e mulheres são alvos ainda mais vulnerável.

Para combater a homofobia e o machismo, é necessário que tenha alguém que esteja do lado da comunidade LGBT, mas não só nos momentos de luta por dentro dos gabinetes; alguém que sempre tenha estado do lado das lutas, das ocupações, das marchas, das paradas, por isso eu voto Matheus Gordo 16160 e para a prefeitura, Erico 16.

A Frente Política PSTU-CS defende:
Criminalização da Homofobia - Pela aprovação do PLC 122 original
Leis Municipais de Criminalização da Homofobia
Kit Anti-Homofobia nas Escolas 
Paridade de direitos entre heterossexuais e homossexuais







Desigualdade social MATA: alguns números da violência em POA

Por André Simões

Todos os dias, ao abrirmos os principais jornais de Porto Alegre está lá: mais um jovem morto em algum bairro da periferia. Não tem como fugir desse debate, não é a toa que a violência é um dos três temas que mais preocupa os eleitores da capital. Entra governo, saí governo e o problema continua, é a hora de questionar a política de combate a violência da burguesia. O poder público apenas se interessa em colocar mais policia na rua, o que já se mostra um método falido de tentar resolver o problema de segurança publica e apenas serve para criminalizar a pobreza.

Segundo dados do Instituto Sangari, em Porto Alegre, a taxa de mortes juvenis é 2,2 vezes maior que o restante da população, sendo que a taxa de homicídios de jovens cresceu 42,1% em 10 anos. A juventude negra é mais atingida pela falta de políticas públicas que resolvam a situação da violência em nossa cidade. Mais de 30% das vitimas de homicídios juvenis em Porto Alegre concentram-se em cinco bairros com maior concentração de negros: Sarandi (47 mortes, 6,74% do total de óbitos), Lomba do Pinheiro (27 mortes, 9,03%), Santa Tereza (25 mortes, 5,21%), Rubem Berta (24 mortes, 5,21%) e Restinga (23 mortes, 3,74%).

Esses bairros são também os que têm mais demanda de vagas na educação infantil, saúde e saneamento básico. Também são os “campeões” em denúncias de violência policial. Isto apenas mostra o quão nossa sociedade é racista e a polícia atua não para proteger o conjunto da população, e sim, os mais ricos. O que nos vemos é a repetição de governos que não investem em educação e geração de empregos para juventude, que se sente atraída pelo mundo do trafico que emprega e para muitos é o seu sustento. São dezenas de jovens que se vêm sem oportunidade nessa sociedade capitalista, viram “bucha de canhão” na mão do tráfico.

A solução não é colocar mais policia na rua, essa mesma policia, na maioria das vezes, é quem mata a juventude negra na periferia, pois não tem diálogo com a população. É necessário combater a violência, primeiro com uma mudança na política econômica para que ela atenda os interesses dos trabalhadores e não para os mais o ricos. É necessária a descriminalização e legalização das drogas para combater o narcotráfico que enriquece a burguesia e mata a juventude da periferia. A desmilitarização e unificação de todas as policias em uma única policia civil com estrutura interna democrática, que tenha seus delegados, promotores e juízes eleitos pelas comunidades.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pela criminalização da Homofobia!

      

       “Não vamos sair” foi essa a resposta dxs frequentadorxs do bar Stonewall Inn em 1969 quando a polícia de Nova York invadiu o famoso bar gay com ordens de fecha-lo. Ao invés de fugir como era comum, xs frequentadorxs disseram um basta a sua situação de opressão e colocaram para correr a polícia.

        São 43 anos desde a Revolta de Stonowall e o que presenciamos? Pouca coisa mudou. Já no início desse ano presenciamos o caso do estudantes de Relações Internacionais que foi espancado enquanto seus agressores o “xingavam” de veado. William teve a mandíbula deslocada e perdeu quatro dentes por conta do ataque de homofobia que sofreu. E isso tudo aconteceu na Rua Sarmente Leite, quase dentro do pátio da UFRGS. Esse é apenas um caso, um exemplo da situação dxs homosexuais em nosso país. 2011, assim como em 2010, batemos o recorde em homicídios motivados por homofobia. Iremos para 10 anos de um governo de “Frente Popular” e nada foi feito em relação aos LGBTs no Brasil. Hoje somos o país campeão mundial de violência homofóbica. São cerca de 250 assassinatos por anos, e os números só crescem. Apenas em janeiro de 2012 foram 36 mortes.

       Por isso o mandato do Matheus “Gordo” estará na luta pela criminalização da homofobia! Por uma legislação que garanta de fato a igualdade de direitos e pela inserção do Kit Anti-homofobia nas escolas, por uma educação sem opressão.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Propaganda eleitoral na TV

Essa semana iniciou a Propaganda Eleitoral Gratuita na TV, é com muita felicidade que coloco aqui para todos e todas assistirem e compartilharem o meu primeiro programa. Ele foi todo produzido pela nossa militância, do texto até a gravação. Construído de forma independente, assim ninguém pode cercear nossa opinião e podemos representar de fato as lutas e as discussões que travamos no dia-a-dia com a juventude e os trabalhadores! Semana que vem vai rolar o outro, ai vou postando aqui no blog. Mandem críticas, dúvidas e sugestões! abração gente!


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Povo Negro vamos votar no Gordo!" Depoimento de Klawber Mujimbo


Hoje pela manhã visitei meu parceiro Klawber Mujimbo, durante suas atividades como oficineiro e educador popular na Escola de Ensino Fundamental Professor Langendonck, no bairro Guarujá. Conheci Klawber durante as lutas em defesa do Quilombo da Família Silva em 2010, quando o mesmo ainda desenvolvia um trabalho nas escolas da Restinga. O camarada declarou apoio a minha candidatura e escreveu esse texto, endereçado para mim, mas que hoje estou publicando com a autorização dele aqui no blog. 

Valeu Klawber, estamos juntos nessa luta, em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e pelas reparações ao povo negro, pela construção de uma nova sociedade, sem opressão e discriminação!! 

"Saudações Panafricanistas Libertárias!

Compa,

Eu sou idealizador e mentor político-intelectual da FLINA(Fração Libertária e Panafricanista de Insurgência Negra Dialética) a qual é uma corrente de pensamento político e filosófico sobre as questões de Negritude e Africanidade como potencializadoras da Consolidação Histórica deste Processo - Diaspórico Revolucionário de Soberania, Autodeterminação e Emancipação dos Povos e Comunidades Afro-negras. Também somos uma Corrente Negra no Movimento Libertário Internacionalista! Portanto, as lutas concretas do Programa de Ações Afirmativas na UFRGS, a defesa intransigente e consequente do Decreto 4887 sobre a titulação dos quilombolas, a Lei 10.639 e 11.645, bem como outras pautas são fundamentais para nós sermos um suporte estratégico nestes processos!  

Nossa luta tem como alicerces e cosmo político o Processo Histórico-Diaspórico de Resistência e Sublevação Afro-negra na América Latina. Não seguimos as orientações ideológicas da tradição européia do Prondhonismo e nem do Bakuninismo! Mas, seguimos a orientação filosófica-africana e cosmogônica de nossa Ancestralidade que é invariavelmente Negro-africana. Não há nenhuma tendência a uma visão ortodoxa e fundamentalista. Mas, entendemos que os nossos Ancestrais Africanos lutaram e sobreviveram de várias formas e facetas! A luta Negro-africana no Brasil, na América Latina e nos países do Continente Matre (Africa) de onde tod@s descendemos, e até mesmo os brancos racistas do Brasil! Os kilombos de ontem, e de hoje ainda efetuam uma luta Libertária, pois as primeiras organizações de trabalhadores libertários não foi a vinda dos imigrantes italianos e espanhóis nos meados de 1900 sec.XX. Portanto, foi muito antes disto, quando fomos rapitad@s, arrancad@s (desterritorializados) de nossas terras lá do outro lado do continente, e fomos jogados e jogadas aqui neste imenso continente. Enfatizando, que fomos socad@s num sistema escravista e nos forçando a trabalhar feito condenados até o nosso total desfalescimento.

Ainda hoje sofremos estas consequências, haja vista, que a elite branca e isto de direita e de esquerda nos deseja fora desta instituição de educação superior. Bem como aos ataques sistemáticos que executam contra os direitos conquistados das comunidades remanescentes de quilombolas, o extermínio de nossa juventude e não aplicabilidade mesmo com a Lei da História e Cultura Africana nas escolas públicas. Isto, o senhor como historiador já está cabeludo de saber meu caro compa e irmão de guerra! Aqui, neste momento não importa nossos matizes ideológicos. Mas, sim as nossas afinidades humanitárias em primeiro lugar e nossas relações sociais e culturais. Evidente que confluímos forças com outras lutas! Mas, nós temos muitas especificidades civilizatórias enquanto negr@s descendentes de Africanos neste processo e neste contexto!

Entretanto, temos a compreensão que sua candidatura é fundamental e estratégica para nós termos (Você Encabeçando) este espaço de publicidade e visibilidade na grande mídia elitista e racista, e o nosso voto será estratégico para sua candidatura. Vamos dar maior vasão a sua campanha de um Jovem Negro Afrodescendente Lutador Social, Defensor Incondicional dos Direitos Humanos, Articulista Político, Agitador Cultural e Acadêmico Cotista em História pela UFRGS! E isto, para nós é de vital importancia! Abro meu VOTO publicamente para o senhor(...), mesmo não acreditando mais nesta Democracia Branco Neoliberal Imperalista e nem em Programas Partidários, mas é SIMBÓLICO  votarmos em sua candidatura! És nosso Irmão e Amigo de Luta e que defende a manutenção e ampliação das cotas sociais e raciais na UFRGS e parceiro da luta Quilombola! Para minha pessoa já basta! Povo Negro vamos votar no Gordo do DCE da UFRGS! Mas, agora vou com o instinto e empatia! Vou contribuir da melhor maneira possível!"

"ARRIBA LOS DE ABAJO EN LUCHA!ARRIBA LA NEGRITUD EN LUCHA Y LOS PUEBLOS ORIGINALES EN LUCHA! 
ARRIBA NOSOTROS HERMANOS EN LUCHA ARRIBA!EL REVOLUCION CON MUCHA AFRICANIDAD Y MUCHA ORIGINALIDAD!" 

Ativista Social e Incentivador do Setor de Resistencia,Sublevação e Refundação das Bases Históricas,Políticas e Insurgentes do Movimento Social Negro Brasileiro  - Klawber Kilombo Mujimbo da Silva    

A noite de POA agoniza: Violência contra estudante na Escadaria da Borges


Por Bárbara Ivanov, estudante de Pedagogia/UFRGS
Qual o espaço atual da juventude em Porto Alegre? Nos últimos meses presenciamos o fechamento dos principais espaços de convivência da juventude. A cidade baixa e centro tem se tornado palco de criminalização de seus frequentadores: com opressão, limitação sem justificativa e em consequência gerando um espaço para violência da classe burguesa sobre os jovens com o uso da repressão militar.
Na noite de hoje a juventude se reunia na escadaria da Borges, como tem acontecido nos últimos dois meses desde o fechamento do Bar  Tutti Giorni, sendo uma forma de resistência e demarcação do seu espaço. Objetos como madeiras, garrafas plásticas e de vidro foram lançados por moradores do HOTEL EVEREST, em direção aos jovens estudantes e trabalhadores que confraternizavam no local, sem maiores ruídos. Primeiro lançaram uma madeira que ninguém atingira, assim muitos já deixaram o ambiente. Em seguida, lançaram uma garrafa de vidro, da altura do 12º andar, que atingiu uma das minhas colegas no ombro direito, por muito pouco não pegou em sua cabeça podendo  causar uma lesão fatal.
Em pouco tempo a Brigada chegou ao local, com certeza! Os policiais entraram no hotel e na saída mencionaram muitas vezes a expressão “E DEU!” buscando finalizar a discussão e qualquer tipo de diálogo, exemplo: “não encontramos o morador, E DEU”... “ela (a vítima) prestará um depoimento E DEU”... “ninguém saiu muito machucado E DEU”...
Indignação total! Ao final da conversa, depois de ouvir tudo aquilo, não conseguia parar de tremer diante da inercia imposta pela incapacidade de fazer algo e a polícia, por sua vez,  deu o assunto como encerrado.
Diante destes acontecimentos, ficam alguns questionamentos...
Por que são fechados os bares frequentados pelos jovens trabalhadores?  Não haverá uma ligação com a política de higienização da cidade?  E a ligação com interesses políticos?
Creio que há interesses políticos em afastar e segregar a juventude pobre do centro da cidade tentando silenciar as vozes dos movimentos sociais e culturais.
São dias como estes, que me fazem perceber a importância da mobilização da juventude para garantir seus direitos ao lazer, a cultura, a educação e a liberdade de expressão.
Portanto seguimos ocupando o que é nosso!!!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cultura: É ou não é, piada de salão?


Na última semana o candidato a Prefeito, Fortunati, lançou seu comitê da juventude, localizado no Bairro Cidade Baixa. Isso mesmo, o Fortunati – atual prefeito da cidade – responsável pela onda de fechamentos e perseguições aos bares da cidade baixa, o mesmo que fecha os olhos para a truculência da Polícia Militar ao abordar os jovens, inaugurou seu comitê da juventude justamente no bairro onde os jovens tem mais sofrido pela cerceamento dos espaços culturais em nossa cidade promovido pela sua gestão. Tal atitude soa como piada. É sempre assim, só chegar o período eleitoral que os velhos políticos tentam nos enganar. Aqueles que nunca ligaram para a juventude possam em fotos em cima de skates ou inauguram seus comitês nos bairros boêmios. Durante seu governo dão as costas ao caos do transporte público, mas agora tiram foto dentro de ônibus. Chega dessa velha política.

Matheus “Gordo” é diferente, não tem papas na língua nem é demagogo. Esteve nos atos contra o aumento de passagem lutando junto com centenas de jovens que pararam a cidade pela revogação do aumento das passagens. Em seu programa “Gordo” defende o PASSE LIVRE PARA ESTUDANTES E DESEMPREGADOS, defende MAIS LINHAS NOTURNAS, pois os jovens da periferia também querem freqüentar os espaços de cultura e lazer da cidade. A cidade deve ser um espaço para o pleno desenvolvimento dos jovens, por isso o município deve AUMENTAR OS INVESTIMENTOS PÚBLICOS NA ÁREA DA CULTURA, DESCENTRALIZANDO ESTES ESPAÇOS. O primeiro passo é LUTAR CONTRA O FECHAMENTO DE BARES NA CIDADE BAIXA E CONTRA A RESTRIÇÃO DOS ESPAÇOS CULTURAIS PÚBLICOS DA CIDADE.

Como diz a música dos Titãs:


“...A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...”
(Comida, Titãs)





domingo, 19 de agosto de 2012

Agenda da Campanha: é a juventude que luta e sonha, construindo uma alternativa socialista!

Junte-se a nós, curta e compartilhe a nossa agenda de campanha. Durante essa semana vamos dialogar com a juventude trabalhadora sobre a necessidade da construção de uma projeto político socialista para a nossa cidade! Venha conosco, é atitude para mudar o mundo! Nosso candidato estará nesses locais, durante a semana vamos colocando o restante das atividades!

SEGUNDA: 

7h - Panfletagem no Tubino

8h30min - Debate com os candidatos a prefeito na FACED

11h - Gravação do programa de televisão e rádio

18h - Panfletagem no Anne Frank

TERÇA:

9h até as 18h - Esquina Democrática

19h - Reunião da Frente Quilombola

QUARTA:

7h - Panfletagem no Aplicação

16h - Panfletagem no Mercado Público

18h - Beijaço da Unisinos

QUINTA:

7h - Panfletagem no Padre Rambo

19h - Palestra com Matheus Gordo e Denior Machado (Sec. de Formação PSTU) sobre a luta da juventude e dos trabalhadores espanhóis. Local: Comitê Porto Alegre para os trabalhadores

SEXTA:

7h - Panfletagem no Ignácio Montanha

11h45min - Debate dos candidatos a vice, na rádio Guaíba

SÁBADO: 

14h - Panfletagem no Bairro

22h - Batalha de Rap do Mercado

DOMINGO:

10h - Brique da Redenção

16h - Parcão Gravataí com Carine Lemos, candidata da Juventude do PSTU na cidade





1° Voo noturno na Cidade Baixa

Sexta-feira rolou o nosso primeiro voo noturno pela Cidade Baixa! Foi no embalo da noite quente e movimentada que a militância foi para a rua, conversar com a galera que curtia a noite na CB, distribuindo panfletos e apresentando as propostas de nossa candidatura para a juventude de Porto Alegre. 


A ideia é repetir a iniciativa em diversos locais da cidade e é mais uma iniciativa para a inovar na apresentação das  nossas propostas socialistas. O centro da discussão era a questão da cultura, que vem sendo bastante restringida para a população jovem e trabalhadora de Porto Alegre na gestão de Fortunatti. Discutimos a necessidade de mais investimento público em cultura, o fim da restrição dos espaços culturais como a CB, o Tutti, Bambus, Glênio Peres e etc., e a proposta de descentralização da cultura na cidade, para levar a arte e o lazer para a periferia. 

Também fizemos o debate sobre o transporte na cidade. Não há como se divertir sem se preocupar locomoção e esse é um problema cada vez mais presente. A linha noturna da prefeitura, o "Balada Segura", tem um caminho restrito ao centro da cidade, não existem linhas noturnas para as zonas afastadas, onde mora o grosso da população. Além disso, o descaso com o transporte público por parte do governo municipal é um impeditivo diário ao direito de ir e vir da juventude trabalhadora. A passagem sobe anos após ano e a qualidade não aumenta; jovens são obrigados a abandonar a escola e não saem a noite pela dificuldade de acesso. É extremamente importante debater o passe livre para estudantes e desempregados nessas eleições, assim como a estatização do transporte público, para implantarmos a tarifa social em Porto Alegre.



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

UNE (PCdo B).... e sua prática recorrente!


Ontem  pela manhã estávamos em frente ao IE (Instituto de Educação Flores da Cunha) uma das maiores escolas públicas de ensino médio de nossa cidade, debatendo na saída da aula com os estudantes sobre nosso programa e propostas nestas eleições.


Enquanto isso, ao mesmo tempo havia uns quatro estudantes com a camiseta da UNE, chamando todos que saiam a entrar em um ônibus e ir até uma atividade que, supostamente, iriam estar presentes todos os candidatos para assinar um Pacto para Juventude de Porto Alegre. Logo achamos estranho, pois nosso candidato não havia sido informado, indagando alguns desses estudantes percebemos que se tratava de um KO, por parte da galera da UJS com os estudantes do IE.

É prática recorrente desta esta entidade e do partido que há cerca de 20 anos está a frente da UNE (PCdoB/UJS), utilizar o aparato de uma entidade que deveria ser do movimento em beneficio de suas posições políticas. Porém é realmente revoltante ver que mais uma vez todos aqueles estudantes estavam sendo enganados e foram na verdade levados a uma gravação de algum  programa eleitoral da candidata Manuela D´ávila, ou uma sessão de fotos que poderá utilizar em seus próximos panfletos.

Manuela , assim como a UNE, não representam as mobilizações e as reinvindicações estudantis! Há mais de 90 dias em greve, os servidores federais e o movimento estudantil se levantam contra a política de precarização da educação pública e, consequentemente, não legitimam entidade que nada mais faz do que ser braço de apoio incondicional do Governo Dilma. Nas eleições, devemos dar o troco no PC do B também!



Suposto ato pluripartidário organizado pela UNE. Na foto, Manuela e Titi(Presidente da UJS-RS e candidata a vereadora pela PCdoB)

Imagens de um dia de campanha

Panfletagem na entrada do turno da noite no Monteiro Lobato
Com o apoiador, David "Naranha" no Unificado
Militância pelo Centro da cidade, nos arredores da Av. Indepedência
Gordo, Arthur e André, em frente ao Instituto de Educação Flores da Cunha


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Vereador deve ganhar igual a trabalhador!

Uma das coisas que tem indignado a galera nos últimos dias é o aumento do salário dos vereadores. Faz dois dias que circula pelos jornais e via-internet a notícia do reajuste e a gurizada tá ligada. O salário subiu de r$ 10,350 para r$ 10,863, reajuste de 5,11%, de acordo com a inflação. Foi “tímido” frente ao último de 75%, mas tinha gente que queria coisa maior, com 14° salário ainda. Além disso, aumentou o salário do prefeito, vice e secretários, o famoso efeito cascata!

Protesto contra o aumento dos parlamentares em 2011
Muitos me perguntam o que acho sobre isso, e eu respondo: “não concordo, vereador deve ganhar igual a trabalhador!”. Os mais céticos acham que é promessa eleitoral, mas é parte da tradição da nossa organização. Valério Arcary, militante histórico do PSTU, uma vez contou a história de um parlamentar que foi eleito pela nossa corrente no estado de São Paulo na década de 80. Logo depois da eleição, ele foi encontrar o vereador no aeroporto (ou na rodoviária, não lembro exatamente) e o cara chegou na maior onda, com sapato e terninho novo. Perguntando para o mesmo o que significava aquilo ele respondeu que era fruto do seu novo cargo e salário. Não demorou muito e ele foi expulso da antiga Convergência Socialista! Já tivemos um vereador em Porto Alegre, o companheiro Alvarenga, sempre presença nas greves e lutas da época (89 e início da década de 90). Os vereadores da Frente Política PSTU, se eleitos, ganharão um salário de trabalhador comum, abdicarão do restante. 

Faixada da Câmara: Longe de ser um local democrático
A política hoje é tomada por gente que só quer se favorecer e isso gera uma  grande indignação/decepção e recusa das pessoas a tomarem esse lugar que é delas por direito. A desigualdade social que não muda governo após governo gera revolta, como podemos ver com as justas greves que estão varrendo o país, em defesa do salário e do emprego. Mas às vezes aparecem e ganhar força sentimentos difusos, como a raiva com relação a partidos e tudo mais. É foda, mas quem ganha com isso é a própria burguesia, por isso, uma de nossas tarefas nas eleições é fortalecer a construção de uma alternativa, mostrar que ainda é possível construir uma saída pela esquerda (bem à esquerda diga-se de passagem) e que vá muito além das eleições, passando centralmente pela luta e a ação coletiva direta!


Sou contra o aumento dos vereadores e acredito que parlamentar, independente do cargo, deve ganhar igual a trabalhador, assim como deve ter seu mandato revogado quando não cumprir suas promessas de campanha. Sou contra qualquer tipo de privilégio para parlamentar e junto com o Erico defendo a extinção dos CCs, assim como a criação de Conselhos Populares, onde a população possa eleger diretamente seus representantes. Além disso, devemos ter medidas radicais contra a corrupção, como a prisão e expropriação de corruptos e corruptores. Enfim, são algumas ideias, seguimos em luta!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dilma, tem dinheiro pra repressão, mas não tem pra educação!



                 Há dois meses estudantes de todo país, junto com professores e funcionários, tem protagonizada uma das maiores greves das universidade federais já vista. Entre as muitas reivindicações está a destinação de 2 bilhões de reais para a assistência estudantil. Hoje os estudantes mais carentes das universidades acabam abandonando a graduação, pois não tem dinheiro para estudar, necessitam abrir mão de seus sonhos para buscar empregos muitas vezes na informalidade. Essa situação é ainda mais frequente entre os estudantes que ingressam pelo sistema de cotas. Em recente processo de avaliação do Programa de Ações Afirmativas da UFRGS constatou-se que a evasão dos estudantes cotistas se dá em muitas vezes pela ausência de assistência estudantil.
                Tal reivindicação, dos grevistas, tem sido negada, pois o Governo Federal afirma que não há dinheiro. Porém na semana passada esse mesmo governo mostrou novamente de que lado está. Enquanto funcionários federais estão em greve no Brasil todo com muitas dificuldades de dialogar com o Governo, a presidenta Dilma aprovou o projeto do Exército “Proteger” para garantir a integridade dos prédios públicos e a oferta de serviços essenciais em caso de ameaça externa e principalmente de greves. O sistema “Proteger” vai custar aos cofres públicos 9,6 bilhões, cerca de 5 vezes mais do que os estudantes reivindicam para a assistência estudantil.

Panfleto na Rua: Ideias socialistas para Mudar o Mundo

É com muita alegria que apresento para vocês o nosso primeiro material de rua! Para nós, que organizamos a campanha de forma independente, sem receber ajuda de patrões e empresários, cada panfleto, bandeira, faixa, programa de televisão, enfim, tudo que construímos tem um significado especial.

Esse panfleto é fruto do esforço político e financeiro de jovens e trabalhadores, por isso tem um objetivo bem delimitado: APRESENTAR RESPOSTAS PARA OS PROBLEMAS DA JUVENTUDE TRABALHADORA, PROPOSTAS SOCIALISTAS PARA MUDAR O MUNDO E SER FELIZ!

Convido todos vocês a darem uma olhadinha no panfleto, mas muito mais do que isso: apresentem suas dúvidas, críticas, sugestões... enfim, expressem seu sentimento! Usei essa palavra forte, pois acredito, sinceramente, que cada panfleto distribuído por nós pode ter um poder transformador. Diferente da maioria das panfletagens que vocês veem por aí, as nossas são feitas por jovens que tem um ideal, que querem disputar a consciência da população para uma ideia revolucionária, é muito mais do que um simples pedaço de papel!


sábado, 11 de agosto de 2012

Por que eu acredito na luta, e não em milagres: por que eu voto no Matheus Gordo



''Você também sente ânsia ao ouvir o discurso empolado, difícil, não direto e abrangente, mas resumido.

- A família, justiça, saúde!
O vômito é inevitável para  quem sabe um mínimo do que acontece na vida real."
Ferrez

“Os eleitores elegerão os velhos ou os jovens nessas eleições?”, perguntava a Zero Hora de ontem. Eu, que acredito que a juventude é que move o mundo em direção às mudanças radicais de que ele precisa graças a heranças que os velhos deixaram, não sei dizer.

E essa é uma eleição com muitos jovens concorrendo, pelo que observo. Muitos amigos meus apoiam esses jovens, e quando conversamos, eu pergunto: por que esse candidato, e não outro? Muitos - a maioria - não sabem. Pior é quando eu pergunto: e por que esse partido, e não outro? Aí a reação é ainda mais desapontadora.

Por isso, resolvi dizer aqui porque o Matheus Gordo, e não outro, porque o Partido Socialista do Trabalhadores Unificado, e não outro. Sabe por que? Primeiro, porque essas duas coisas não se separam. O Matheus Gordo significa, ou melhor, representa um todo muito maior. A candidatura dele está longe de ser um ato individual; é algo que vem sendo construído ao longo das lutas de que participam os jovens e velhos que não se acomodam, não se conformam, se indignam e acreditam na organização dos trabalhadores para superar os problemas do mundo capitalista.

Nathália é estudante de Letras na UFRGS
Essa juventude que é representada por essa candidatura, que, espero, tende a crescer, é a juventude que esteve lado a lado e/ou concorda com a luta pela ampliação das cotas raciais e sociais para entrar nas Universidades Federais; é aquela que não fica reclamando em casa, se organiza em grêmios, diretórios acadêmicos e diretórios centrais de estudantes para lutar pelo que quer; é aquela que acredita que quando morar é um privilégio, ocupar é um direito; é aquela que se junta com os trabalhadores para ir às ruas toda vez que os governos e patrões se juntam para demitir, diminuir direitos, precarizar o trabalho; é aquela que acredita que educação é direito, não mercadoria, e que ocupa reitoria, secretaria, ministério, estuda as leis, propõe mudanças para que de fato a educação seja pública, gratuita e de qualidade; é aquela que acredita e diz pra quem quiser ouvir, sem medo, que as mulheres têm sim direito de dizer o que querem fazer com o seu próprio corpo; é aquela que não engole a história de que o racismo acabou e grita diante de qualquer manifestação dessa opressão; é aquela que sai às ruas e beija pessoas do mesmo gênero sem medo de dizer que quer a criminalização da homofobia já; é aquela que acredita que a organização dos que lutam não pode ser local, precisa se nacional e internacional; enfim, é a juventude que não fica parada e que não dorme com o conto de fadas do capitalismo.

Por isso, eu respondo à Zero Hora que sim, meu voto é da e para a juventude. E digo aos amigos que voto no Matheus Gordo por que mais do que um candidato que “vai fazer”, “vai ser”, o meu candidato é um jovem que está lado a lado, representando e muitas vezes liderando a juventude que não espera quatro anos para pensar o que fazer: é a juventude que faz e que é, porque tem consciência de que somente sendo lutadora é que é possível conquistar as mudanças que quer. “Milagres acontecem quando a gente vai à luta”, disse Sérgio Vaz, poeta da periferia. É disso que a minha galera se nutre, é nisso que acredito, é isso que meu candidato representa, é por isso que eu voto nele.





Nathália Gasparini 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Seis anos da lei Maria da Penha: Ainda choramos muito luto e travamos muita luta!


    A luta contra as opressões é a mais digna e humana das bandeiras da juventude, trabalhadoras e trabalhadores, portanto é inadiável.
     Hoje a lei Maria da Penha completou seis anos, mas o clima não é de comemoração, porque na real, o cumprimento desta lei está bem abaixo do que realmente seria necessário, o que demonstra que nossos governantes não se importam muito em combater a violência e assassinatos praticados contra as mulheres.


 
     Porto Alegre tem uma somente uma casa abrigo e uma delegacia da mulher. Ontem, nossos candidatos e militância fizeram uma visita à delegacia da mulher. O Érico, nosso candidato a prefeitura,  trocou uma ideia com as trabalhadoras da delegacia e pudemos ver de perto que não é possível proteger as mulheres com duas escrivãs atendendo a tantas denúncias. O orçamento federal destinado é uma vergonha, em contrapartida, quando chegam as eleições, as candidatas dos partidos que apoiam os governos sempre vem com uma conversa de dar prioridade às mulheres.

     Ao meio-dia participamos do ato em memória da enfermeira Marcia e seu filho assassinados dentro de casa pelo marido. Mais um exemplo da violência cruel contra as mulheres e impunidade aos criminosos.

     Nossa luta tem que se fortalecer muito, pois em nossa sociedade, o machismo é cotidiano e muito sutil, mas logo vai dando lugar à face agressiva da opressão, quando o machismo mata!

Festa de Lançamento da Candidatura


Amigos e amigas, companheirxs de luta:

Quero convidar vocês para um momento muito importante e especial, que é o lançamento da minha candidatura a vereador pela juventude da Frente Política PSTU-CS. Todos sabem que há alguns anos estou me dedicando a construção de um projeto alternativo para a nossa sociedade, que passa pelas lutas da juventude no movimento estudantil, negro e popular, em conjunto com a população trabalhadora.

Esse ano topei o desafio de apresentar essas propostas nas eleições, de forma  humilde, sem fugir ao que já fazemos todos os dias do ano, ou seja, lutar em defesa dos nossos direitos de forma independente e combativa!

Conto com o apoio de geral para fortalecer essa ideia! Espero a presença de todos no dia 11/08. Vou apresentar as nossas propostas e confraternizar com a galera, dando o pontapé inicial da campanha!

Vamo que vamo gurizada! É atitude para mudar o mundo!

Matheus "Gordo"





CONFIRME SUA PRESENÇA NO FACE

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Dia do RAP é todo dia: Uma singela homenagem ao RAP Nacional!


Por Maurício Fortes, estudante do Julinho (Porto Alegre).

Hoje é um dia muito especial para o Hip Hop. Um dos seus elementos, o Rap Nacional está de aniversário.
Uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 2009, nos permite dizer que o dia de hoje (06/08), de uma maneira formal, possa ser comemorado como o dia o dia RAP.

Não tem como falar em Rap Nacional sem antes lembrar de como ele surgiu ou veio parar aqui no Brasil. Trazido na década de 1970 por um morador da periferia de São Paulo chamado de Nelson Rodrigues (o Nelsão), que resistindo às fortes repressões policiais e dos comerciantes - jogavam óleo no chão para que os adeptos do movimento Hip Hop não pudessem se reunir para dançar breack e cantar rap -, chegou até dormir na calçada junto com moradores de rua para descobrir quem sujava o local dos encontros dos manos.
Primeiro disco de RAP lançado no Brasil
Com suas letras fortes e com batidas marcantes, o Rap Nacional tem o objetivo de denúnciar todo o preconceito - racial ou social - que os moradores da periferia sofrem cotidianamente. Usamos esse dia para TAMBÉM comemorar a resistência do Hip Hop. Mas achamos que TODOS os dias são dias para celebrar o nosso "mais que daóra Hip Hop"; assim como um 13 de maio, um 20 de novembro, todos os dias são dias de conversas sobre o movimento; explicações, lutas e por fim, vitórias.

Para quem vive na periferia, para quem é negro, para quem é pobre, todo dia é uma batalha! E pra nós, batalha é sinônimo de VITÓRIA.
Parabéns Rap Nacional! Parabéns Periferia! Parabéns comunidade negra! Parabéns comunidade HIP HOP! 

"Levante tua bandeira, olhe pra frente e vença. Viva o movimento Hip Hop!"



Agenda da Semana

6 de Agosto - Segunda-feira


11:30 - Panfletagem Restaurante do SESC
(Av. Alberto Bins, 665)


7 de Agosto - Terça-feira


07:15 - Panfletagem Julinho




11:00 - Delegacia da Mulher
( Palácio da Polícia - Rua Freitas e Castro s/n)




8 de Agosto - Quarta-feira


06:20 - Panfletagem Hospital Conceição


10:30 - Panfletagem Justiça Federal




9 de Agosto - Quinta-feira


Ato dos Servidores Federais
(Local e Hora a Definir)


10 de Agosto - Sexta-feira


10:00 ás 18:00 - Esquina Democrática

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

CONSUN ignora a pauta da juventude negra e diz não as cotas raciais!


Há cerca de duas horas se encerrou a sessão do Conselho Universitário da UFRGS que estava avaliando a política de ações afirmativas, aplicada na universidade desde o ano de 2008. Quero nesse breve relato expressar a minha indignação com a postura conservadora da reitoria e da maioria do CONSUN, que não deu ouvidos ao movimento social negro e estudantil e disse não a desvinculação da reserva de vagas para estudantes negros das cotas sociais e negou a ampliação de 30% para 40%.

Ocupamos a reitoria na noite de ontem com o intuito de, em primeiríssimo lugar, garantir a realização da reunião, devido a boatos de uma possível implosão vinda da direita. Transformamos aquele espaço vazio, frio e antidemocrático num verdadeiro quilombo. Quilombo, pois essa palavra para a negritude significa resistência, democracia e união. A reitoria amanheceu pintada com as cores do pan-africanismo e com as portas escancaradas para a comunidade acadêmica e é importante ressaltar que foi a primeira vez na história da UFRGS que isso aconteceu. Estiveram presentes representantes dos quilombolas, religiosos de matriz africana, professores e servidores em greve, além de centenas de estudantes secundaristas. Todos unidos sob a perspectiva de continuar pintando a UFRGS de PRETO e avançar na popularização da NOSSA universidade!



Mas todo esse movimento foi ignorado pela ampla maioria dos conselheiros, da oposição de direita à reitoria governista. A máscara de reitoria caiu de maduro! Os avanços que eles prometeram defender foram por água abaixo. Nosso movimento sempre alertou para essa possibilidade, por isso reforçamos a necessidade da luta com a ocupação. Novamente a reitoria demonstrou com quem está realmente comprometida: com o setor racista e elitista da sociedade gaúcha, pois não melhorou em nada a política, nem do ponto de vista do acesso e muito menos da permanência.


Nossa luta não acaba aqui! A manutenção da política por mais 10 anos é muito importante e é fruto de nossa organização durante esses cinco anos de ações afirmativas na UFRGS. É resultado dos Encontros de Negr@s, Seminários, atos, festas e calouradas que realizamos. Espero que não confundam a minha indignação com um sentimento de negação da manutenção da política, mas é necessário afirmar que a UFRGS perdeu uma grande oportunidade de se transformar em uma universidade de excelência do ponto de vista do combate à desigualdade social e racial. Continuamos firmes, em defesa da juventude negra. Essa pauta é parte de nossas tarefas nas eleições!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Erico no debate é socialismo na TV! Tu não pode perder!

Gente, hoje tem debate entre os candidatos à prefeitura de Porto Alegre! Muita gente acha uma chatice... Eu sou obrigado a dizer que compartilho da opinião de vocês. Mas hoje temos um motivo especial para assistir a discussão: a presença do nosso candidato Erico Correa! Não estou querendo fazer uma propaganda barata, nem uma mera “apologia” ao meu candidato, mas é preciso reconhecer que nem todo dia temos um socialista na televisão e que a presença do Erico tem feito os debates fugirem da mesmice habitual.

A mídia faz de tudo para ignorar as nossas candidaturas e um dos principais métodos é nos excluir dos debates. Dessa vez fomos convidados, acredito que isso é o reflexo da boa aparição do Erico nas primeiras discussões. Com seu estilo veemente ele tem se destacado. Foi o único candidato que falou da Greve Nacional da Educação e dos Servidores Federais. No último debate apresentou a pauta das comunidades quilombolas... enfim, tem cumprido um papel importante defendendo o programa dos socialistas para Porto Alegre e apresentando as lutas contra os governos e patrões. Hoje, com certeza, vai denúncia a situação na GM em São José dos Campos.



Erico é o único candidato independente nessa disputa! Não tem rabo preso com ninguém, por isso em todos os debates afirma para a população: só a luta muda a vida, nenhuma confiança em quem governa com os patrões! Mostra o “lado B” da nossa cidade, não pinta nenhuma caricatura de uma Porto Alegre que não existe. Vale a pena conferir gente ;D