segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Deu na imprensa: Trajetória dedicada à militância - Conheça o meu candidato a prefeito!

Aí galera, essa entrevista foi publicada hoje no Correio do Povo. Um pouco mais sobre a vida do meu candidato a prefeitura de Porto Alegre, o companheiro Erico Correa. Curtam ae!

Trajetória dedicada à militância
Criado no bairro Auxiliadora, aos 52 anos, o socialista Érico Corrêa vê na luta política diária a sua razão de viver.

Foto: Vinícius Roratto
Quem atende a porta do apartamento de Érico Corrêa é a secretária da casa, Solange, que passa roupas na sala de paredes adornadas com reproduções populares de telas de Van Gogh e Modigliani. Após alguns instantes, ele entra. "Solange, eles vão fazer fotos, vai ali dentro. Tá tudo arrumado, a gente nem comeu em casa ontem porque vocês vinham...".

E assim, em tom de brincadeira, o candidato do PSTU à Prefeitura de Porto Alegre começa a contar a história do menino nascido e criado no bairro Auxiliadora, que ajudou a fundar no Estado o PT e o PSol, rompeu com ambos, tem a vida pessoal fundida à atuação sindical e estufa de forma inconsciente o peito quando fala da única filha, Gabriela.

Os capítulos da sua vida são recheados de avaliações sobre os partidos, o sistema eleitoral, os governos. Se o ritmo da campanha altera muito sua rotina? "Faço mais política fora desta época do que nela. A nossa vida é a luta política", resume, em uma das várias referências a sua atual companheira de vida, Neida de Oliveira, vice-presidente do Cpers.

Aos 52 anos, Érico considera ter se politizado tardiamente. Começou a militar mesmo quando a Caixa Econômica Estadual, onde era funcionário de carreira e chegou a gerente-geral, fechou. Mas faz questão de se colocar no centro de dois episódios recentes da política gaúcha. "Fui um dos organizadores da manifestação em frente à casa da Yeda (a ex-governadora Yeda Crusius). E, no ano passado, estava entre os que não deixaram o Tarso (o governador Tarso Genro) subir no caminhão na Marcha dos 100", lembra o homem que diz ser o Cpers a "única oposição" aos governos Yeda e Tarso.

Ao PSTU, Érico filiou-se recentemente para participar da corrida à prefeitura, já que a sigla e o grupo político ao qual o sindicalista pertence discutem uma aproximação. Servidor público ativo lotado na Secretaria da Administração, sua principal ocupação é a presidência do Sindicaixa (em quarto mandato) para o qual está liberado há 12 anos.

Para responder aos adversários políticos que apontam contradições entre o discurso em favor do "proletariado" e a confortável vida de classe média, responde: "É como quando me criticam por verem alguma faixa ou cartazes meus no Auxiliadora. A gente preza muito a classe operária. Mas isso não significa que não possamos ter nada. Veja o Lenin, nunca trabalhou (dentro do conceito clássico marxista para definir trabalhadores)".

Com a mesma lógica, Érico explica a participação nas eleições ou as alianças eventuais com partidos que seu grupo critica (como a que ocorre no Cpers). "As mesmas forças que sustentam os partidos regulam o sistema eleitoral e as eleições não mudam a vida. Se fosse assim, já teriam mudado alguma coisa. Mas participamos porque são momentos ricos e também porque se abre mais espaço. A gente não pode fazer da política uma coisa utópica. Temos que ter o que Marx chamava de paciência histórica."


“MINHA CONSCIÊNCIA VEIO DA LITERATURA”
Foto: Gabriela Correa
Érico Roni Maslinkiewicz Corrêa nasceu em 1960, e passou a infância e adolescência no bairro Auxiliadora. "Estudei no Piratini, a melhor escola pública da época, e temia o Mont Serrat, onde a gente não entrava porque era um tipo de Vila Conceição de atualmente", conta.

Com orgulho, lembra o sacrifício do pai, jovem inspetor de Polícia que, por 25 anos, fez bicos como porteiro de boates para sustentar a família. Em matéria de política, contudo, sempre divergiram. "Minha consciência política veio da literatura. Erico Verissimo, Machado de Assis, Graciliano Ramos. A indignação com as coisas da vida me movia, só não sabia como enfrentar isso."

O momento de efervescência política no país foi marcado também por grandes mudanças na vida pessoal. No início dos anos 1980, Érico, que começava a vida adulta, casou e se mudou da Auxiliadora de sua então vida inteira para um apartamento que o pai tinha no Orfanotrófio. No final daquela década, novos acontecimentos: nascia sua filha, Gabriela, publicitária e estudante de Direito, hoje com 26 anos.

O início do século XXI traria mais mudanças para Érico. Já à frente do Sindicaixa e separado da primeira esposa, em 2003, ele conheceu Neida de Oliveira. Passou, como gosta de dizer, a "respirar política".


“COZINHAR, A TERAPIA PREFERIDA”
Quando não está envolvido em atividades como dirigente sindical ou militante político, Érico Corrêa recebe amigos no apartamento, recém-reformado da avenida Alberto Bins, que ele e Neida dividem há dois anos.

Em casa, gosta de cozinhar como forma de terapia. Assegura preferir cozinhar a viajar. "Faço qualquer comida, mas principalmente peixes e massas." Os pratos são regados a um bom vinho, claro.

Os períodos de lazer, diz, são reduzidos, mas sobra tempo para pequenas viagens. O destino predileto dele e de Neida é a capital argentina. Só que, mesmo com a predileção por Buenos Aires, a viagem apontada como inesquecível foi a realizada em 2008 para Santiago do Chile. Érico ainda se dedica a concluir o curso de Sociologia, que faz à distância, na Unijuí. "É uma faculdade com tradição de esquerda", destaca.





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